Rio - A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) deverá concluir, até o final deste mês, o processo de concorrência para a construção do alto-forno número 3 da usina, escolhendo, finalmente, o consórcio vencedor para a execução da obra.
As últimas propostas técnica e comercial dos fabricantes, depois de três revisões sucessivas, foram entregues na semana passada à siderúrgica capixaba, para decisão final. O processo é longo: a primeira versão de proposta de fornecimento foi apresentada em meados do ano passado. Depois disso, seguiram-se as etapas de revisões.
Com a esperada escolha, em breve, do consórcio detentor de tecnologia, a siderúrgica estará dando largada definitiva para seu projeto de aumento de capacidade instalada de produção, em cerca de 2,5 milhões de toneladas. Com isso, a usina do Espirito Santo passará a produzir, a partir de 2006, aproximadamente 8 milhões de toneladas de aço.
Além do alto forno, a concorrência aberta pela CST envolve projetos para o fornecimento de equipamentos de aciaria (lingotamento contínuo 3, convertores e sistema primário de despoeiramento do convertor). Esse pacote prevê investimentos em torno de US$ 600 milhões, sendo somente o alto-forno (o equipamento mais caro) cerca de US$ 350 milhões.
Três consórcios na disputa
No caso da construção do alto-forno 3, são três os consórcios concorrentes: SMS-Demag, Kawasaki Steel Corporation; Voest Alpine, Paulwurt e Ferrostal; e Marubeni e Nippon Steel. Entretanto, para o fornecimento dos projetos de aciaria, a disputa se dará diretamente entre a austríaca Voest Alpine e a alemã SMS-Demag.
A CST vem mantendo liderança entre os grandes investimentos do País nos últimos anos. Inaugurou, no final de 2002, o Laminador de Tiras a Quente (LTQ), que introduziu a usina no mercado de produtos laminados. O projeto, com investimentos de cerca de US$ 450 milhões, fez com que a CST passasse a produzir 2 milhões de toneladas de laminados por ano. Mas isso não representou expansão de produção de aço bruto, já que CST deslocou, de sua produção total de placas, dois milhões de toneladas para a laminação. Como não quer perder fatia de mercado no segmento de placas, a usina capixaba parte agora para a contratação de seu projeto de expansão.
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