CPTM lança licitação para reconstruir a Estação Ipiranga

A CPTM publicou a licitação para reconstruir a Estação Ipiranga nesta segunda-feira (20). A parada atende a Linha 10-Turquesa. O projeto é essencial para integrar a estação com a futura parada da Linha 15-Prata do Metrô. A obra vai redesenhar o fluxo de passageiros. Ela criará uma nova conexão direta entre a Zona Leste, a região do ABC e o centro da capital.

O edital (LC01225) marca a sessão pública para 7 de janeiro de 2026. Neste dia, as empresas apresentarão suas propostas. O contrato exige a demolição total da estrutura atual. Uma estação inteiramente nova será erguida no local. Ela oferecerá mais capacidade, acessibilidade total e uma conexão funcional com o monotrilho.

Um ponto de conexão estratégico
Esta obra é estratégica para a rede de trens e metrô. Hoje, a Linha 15-Prata termina em Vila Prudente, onde se conecta com a Linha 2-Verde. Isso transforma a estação em um gargalo nos horários de pico. O grande volume de passageiros sobrecarrega a Linha 2 em direção à Avenida Paulista.

A expansão da Linha 15 até o Ipiranga criará uma alternativa valiosa. Os passageiros poderão descer do monotrilho e acessar diretamente os trens da Linha 10-Turquesa. Com isso, um passageiro da Zona Leste poderá chegar ao ABC muito mais rápido. Ele não precisará mais passar pela saturada região central.

A reconstrução da estação da CPTM é, portanto, o passo que faltava para materializar esse benefício. Enquanto as obras da estação do Metrô, de responsabilidade da própria Companhia do Metropolitano, já estão em andamento com previsão de conclusão para 2027, a modernização da parada da CPTM precisava avançar de forma coordenada.

Do histórico ao moderno: uma estação para o futuro
A atual Estação Ipiranga da CPTM, um marco histórico inaugurado em 1886, já não atende às necessidades da metrópole. Sua estrutura, embora funcional para épocas passadas, é um obstáculo para a demanda atual e, principalmente, para o volume de passageiros projetado após a integração. O projeto de reconstrução prevê a ampliação significativa da área útil, que passará a contar com quatro plataformas, em vez das duas atuais. Isso permitirá uma melhor organização dos serviços — como a separação entre trens expressos e paradores — e garantirá mais conforto e segurança no embarque e desembarque.

A nova estrutura será totalmente acessível, com elevadores, escadas rolantes e sinalização tátil, cumprindo todas as normas vigentes e garantindo a autonomia de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Além dos benefícios diretos aos passageiros, a obra representa uma promessa de revitalização urbana para o bairro do Ipiranga, valorizando o entorno e melhorando a infraestrutura local. O avanço deste processo licitatório é um sinal positivo de que um dos mais importantes eixos de mobilidade da maior cidade do país está, finalmente, saindo do papel.

20/10/2025

Fonte: Mobilidade 360