Costa contratou doador sem licitação


A Secretaria da Saúde de Recife, quando administrada pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, contratou com dispensa de licitação duas empresas que financiaram sua campanha para o governo do Estado, em 2002.
Entre as contratadas está a Liber Conservação e Serviços Gerais, maior doadora da campanha do então candidato. A empresa recebeu da secretaria R$ 2.027.220,57 em dois contratos. Na eleição, doou R$ 191.795,00.
Também financiadora da campanha do ministro, a Essencial Serviços de Vigilância Ltda. foi contratada duas vezes, com dispensa de concorrência. No total, recebeu R$ 1.160.380,80. A empresa contribuiu com R$ 11 mil.
Os dois contratos assinados entre a secretaria e a Liber referem-se à terceirização de mão-de-obra. O primeiro deles foi celebrado em 2 de fevereiro de 2001.
Alegando urgência e necessidade de dar continuidade às atividades da pasta, Costa autorizou a contratação, pela Liber, de dez motoristas, quatro copeiras, 360 auxiliares de serviços gerais, dez telefonistas e um artífice.
Pelo serviço, válido por seis meses, pagou à empresa R$ 192.027,16 mensais. No dia 14 de agosto, a secretaria firmou novo contrato com a Liber, dispensando novamente a licitação.
Dessa vez, por R$ 875.057,61, a empresa contratou, por 90 dias 380 auxiliares de serviços gerais, 40 motoristas, oito telefonistas, duas copeiras e seis supervisores.
Os dois contratos com a Essencial Serviços de Vigilância Ltda. também foram assinados por Costa em fevereiro de 2001 e agosto do mesmo ano. O primeiro, no valor de R$ 110.395,20 por mês, durou seis meses. A alegação para a dispensa de licitação foi a urgência e o fim do acordo anterior. O outro, válido por 90 dias, foi acertado por R$ 498.009,60 no total.
Costa comandou a Secretaria da Saúde de Recife de 2001 a abril de 2002. Seu diretor financeiro era Luiz Cláudio Gomes da Silva, ex-coordenador de recursos logísticos do Ministério da Saúde que passou cinco dias preso sob suspeita de atuar num esquema de fraudes em compras da pasta.
A PF também investiga uma construção em um sítio a 31 km de Recife, supostamente pertencente a Silva. A obra teria sido feita por uma empresa que também obteve contratos com dispensa de licitação da Secretaria da Saúde.


01/06/2004

Fonte: Folha de São Paulo

 

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