Concessionárias de rodovias se preparam para onda de alta


O setor de concessões rodoviárias deve experimentar um momento de aquecimento no País seguido de uma provável concentração das estradas nas mãos de grandes empresas como OHL Brasil, Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e Ecorodovias. O fato de essas empresas já terem um tamanho de destaque no setor facilita que elas alavanquem parceiros, recursos e financiamentos a um custo mais barato em comparação a outras empresas menores na hora de brigar pelas concessões.
Segundo estudo da consultoria Fitch Ratings, cerca de 94% das estradas do País ainda estão nas mãos do governo, o que deve gerar um grande volume de licitações nos próximos anos. Para se ter uma idéia, além dos recentes pleitos licitatórios pelos sete lotes de rodovias federais, em dezembro do ano passado, e pela administração do trecho oeste do Rodoanel, este ano, até o fim de 2008 ainda são esperadas as licitações das rodovias paulistas, como Carvalho Pinto, Airton Senna e Dom Pedro I, além das estradas mineiras e das baianas.
Após vencer o leilão do Rodoanel, a CCR demonstra empolgação com a licitação de mais cinco lotes estaduais, no caso, das rodovias paulistas. Para a companhia é estratégica a vitória no pleito, afinal, como já controla a NovaDutra, empresa que divide o tráfego com Carvalho Pinto e Airton Senna, caso perca a concessão dessas estradas, perderá também parte da receita dos motoristas da região. Além disso, mesmo com a outorga de R$ 2 bilhões que a empresa terá de desembolsar pelo Rodoanel, ela mantém o desejo de continuar competindo. "Queremos um parceiro financeiro para os novos projetos", disse Arthur Piotto Filho, diretor financeiro e de Relações com Investidores, que também revelou que está sendo procurado por interessados em investir no setor.
O balanço da CCR no primeiro trimestre de 2008, em relação ao mesmo período do ano passado, demonstrou avanço de 7,5% no tráfego, e um lucro líquido de R$ 167 milhões, 13,9% maior. A empresa controla: AutoBan, NovaDutra, ViaOeste, Rodonorte, Ponte Via Lagos e 40% da Renovias, adquiridos por R$ 265 milhões.
Financiamentos
Outra que demonstra otimismo em relação à capitalização e aos financiamentos é a OHL Brasil, da espanhola de mesmo nome.
Segundo Francisco Leonardo Moura da Costa, diretor de Relações com Investidores, mesmo depois de levar os cinco trechos de rodovias federais e tendo de investir para iniciar a cobrança de pedágios, a empresa segue firme nas disputas, ao crer na facilidade de obter recursos, além das receitas dos pedágios. "Os bancos mostram disposição em nos financiar, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", disse.
Costa acredita que o interesse competitivo não é minar a concorrência, mas observar toda a estrada rentável, com grande fluxo de veículos e infra-estrutura. Sobre os rumos do mercado, o diretor da OHL disse que a "concentração nas empresas maiores é uma característica do negócio, não só aqui, mas em todo o mundo mas, ainda assim, as empresas independentes podem coexistir".
No balanço trimestral, a OHL registrou recuo de 3,9% com lucro líquido de R$ 8,9 milhões, em decorrência do ágio da compra da Vianorte. Hoje a empresa está com nove concessionárias, entre elas, Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte.
Ecorodovias
A Ecorodovias, terceira do setor, com 1,3 mil km de asfalto, comemora os avanços dos indicativos de tráfego e a compra de uma concessionária menor, estratégia de expansão também usada pelas líderes do segmento, demonstrando mais uma tendência do setor. A companhia comprou, no início do ano, a Rodovia Cataratas, que passou a se chamar Ecocataratas, negócio de R$ 425,6 milhões. Com isso, ela passa a controlar quatro concessionárias e mais de 1,3 mil quilômetros de estradas. No trimestre, a empresa viu o tráfego crescer 15,6%, mas lucro recuou 10,7%, com a compra. A empresa controla a Ecovia Imigrantes , a Ecovia Caminho do Mar, a Ecosul e a Ecocataratas.
Perspectivas
A consultoria Fitch Ratings realizou estudo sobre as perspectivas do setor, onde descreve pontos favoráveis às estradas. "A expansão na economia brasileira sugere um crescimento mais significativo no tráfego de veículos, o que deverá atrair novos participantes ao setor e melhorar o perfil de crédito das empresas que fizeram parte da primeira fase dos programas de concessão rodoviária", concluiu Mauro Storino, diretor de Avaliação de Empresas da Fitch.


19/05/2008

Fonte: DCI

 

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