A Construções e Comércio Camargo Corrêa ganhou a disputa pela construção da usina hidrelétrica de Porce III, a 147 quilômetros de Medellin, na Colômbia. Com 660 megawatts (MW) de potência, a hidrelétrica vai custar US$ 900 milhões, dos quais US$ 450 milhões caberão ao consórcio formado pela construtora brasileira e por duas colombianas - Conconcreto e Coninsa. A Camargo Corrêa vai ficar com metade do consórcio, ou seja, US$ 225 milhões.
Esse é o maior contrato do processo recente de internacionalização da Camargo Corrêa, o suficiente para aumentar em 50% a participação das obras estrangeiras na carteira total da construtora, que passa a ser de 30% (US$ 500 milhões). A nova obra só é menor do que a expansão da hidrelétrica de Guri, na Venezuela, realizada entre o final da década de 70 e o começo da de 80, uma das maiores do mundo, com 10,3 mil megawatts (MW).
Dos US$ 900 milhões que deverão ser investidos na usina até 2010, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai financiar US$ 200 milhões. A maior parte do valor da obra ficará a cargo da Empresas Públicas de Medellin. O diretor de projetos internacionais da Camargo Corrêa, Carlos Fernando Namur, disse que a estatal colombiana tinha condições de bancar, sozinha, a construção da usina, mas preferiu a participação do BID para "internacionalizar" a obra, abrindo a disputa para grupos estrangeiros. Do Brasil, também participou da concorrência a Odebrecht Engenharia e Construção.
Namur está otimista quanto ao futuro dos negócios nos países vizinhos. Nos próximos cinco anos, ele espera crescer 45% ao ano. O ano que vem começa em ritmo acelerado, com as obras da estrada Roboré-El Carmen (US$ 100 milhões), na Bolívia, e da barragem de El Guapo, na Venezuela (US$ 58 milhões).
Além disso, a Camargo Corrêa ainda participa de outras concorrências. No México, o alvo é a hidrelétrica de La Parota , estimada em US$ 1 bilhão. Na Venezuela, há a hidrelétrica de Tocoma, a 670 quilômetros a sudeste de Caracas e próxima à Guri. Com uma potência instalada de 2.160 megawatts, Tocoma está estimada em US$ 600 milhões.
Namur disse que o interesse maior da Camargo Corrêa no exterior é pela construção de hidrelétricas, mas também tem interesse na construção de estradas no Peru e de túneis na Argentina.
Entre todos os projetos, La Parota tem características bem diferentes. Namur contou que o modelo de licitação da hidrelétrica vai exigir, além da civil, uma engenharia financeira. A obra tem uma proposta de execução diferente e terá de ser realizada com recursos das empresas vencedoras da licitação. O governo mexicano se compromete a começar a saldar a dívida só depois de a usina iniciar as operações. O valor de US$ 1 bilhão é apenas o preço máximo de saída. Com a garantia do governo de que receberão no futuro, as candidatas têm de recorrer ao mercado financeiro para obter financiamento. Ganha quem apresentar o menor preço final.
06/12/2005
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