Caixa abre megalicitação para exploração de serviço de loterias

A Caixa Econômica Federal abriu nesta segunda-feira uma megalicitação de R$ 1,3 bilhão para exploração do serviço de loterias. O leilão será feito em quatro etapas e a primeira delas, que está sendo realizada nesta segunda, vai escolher a empresa que fará a guarda, transporte e distribuição de suprimentos (volantes de loteria, bobinas para impressoras e outros materiais) para as nove mil casas lotéricas credenciadas. O valor estimado desse primeiro pregão é de R$ 43,4 milhões e a prestação de serviço vai durar 36 meses.
Sete empresas apresentaram proposta para esta primeira etapa e três delas foram pré-classificadas: a RB Rotas Brasil Transportes Ltda, com uma proposta de R$ 35,423 milhões; a Trans-World Transportes Especiais Ltda, com R$ 36,7 milhões; e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, com R$ 42,458 milhões. As outras licitações terão valores maiores e ocorrerão nos dias 26, 28 e 31 de janeiro.

Na quarta-feira 26, será feito o pregão para fornecimento de volantes e bobinas. Já nos dias 28 e 31, serão realizados os dois maiores pregões, um para fornecimento de 25 mil equipamentos, com preço estimado em R$ 614 milhões, e o outro para o serviço de telecomunicações e transmissão de dados, com preço de R$ 522 milhões. A Gtech não apresentou proposta para a primeira etapa da licitação, mas deve participar dos dois últimos pregões.

Com os novos fornecedores, a Caixa estima gastar em torno de R$ 28 milhões por mês, custo que pode cair em até 15% com os pregões. É um valor muito próximo do que a instituição paga hoje mensalmente pelos serviços da Gtech - em torno de R$ 27 milhões - mas a CEF sustenta que o novo modelo de gestão das loterias permite ampliar os serviços e garantirá ganhos de escala. Supostas irregularidades no contrato entre a Caixa e a Gtech, assinado em 1994 vieram à tona com o escândalo sobre o ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz. A Polícia Federal investiga se o ex-assessor da Casa Civil e outras oito pessoas tiveram alguma influência na renovação supostamente irregular do acordo.

24/01/2005

Fonte: Globo.com