O comércio mundial de software pirata movimentou quase US$ 29 bilhões em 2003, informou uma associação setorial em pesquisa anual divulgada hoje. Somente no Brasil, as perdas para a indústria de programas de computador foram de US$ 519 milhões no ano passado.
Segundo a Business Software Alliance (BSA), a pirataria mundial representa quase 60% das vendas legais de software para computadores pessoais, que atingiram os US$ 51 bilhões.
Desde o boom da Internet, empresas de software e conglomerados de mídia vêm presenciando um rápido aumento na pirataria, à medida que as redes de troca de arquivos e sites tornam mais fácil a troca de toda espécie de material protegido por direitos autorais. "Os serviços de troca de arquivos estão se tornando um grande problema para nós", disse Jeffrey Hardee, diretor da BSA na região Ásia-Pacífico.
Em dólares, as maiores perdas ocorreram na Europa Ocidental, onde há cerca de US$ 9,6 bilhões em softwares pirateados instalados em computadores. Em seguida aparecem Ásia e América do Norte.
Os maiores centros de pirataria de software são Vietnã e China, onde 92% de todos os softwares instalados são ilegais.
Posição do Brasil
Em termos financeiros, o Brasil aparece na 11ª posição na lista de 34 países onde são geradas as maiores perdas para a indústria de software, atrás da Holanda, que registrou prejuízos de US$ 577 milhões em 2003. Com uma taxa de pirataria de 61%, entretanto, o Brasil ficou fora da relação dos 20 países com maiores índices de software ilegal em uso do mundo. A taxa também está abaixo da média latino-americana de 63%.
Na América Latina, as perdas com pirataria de programas somaram US$ 1,273 bilhão em 2003 e o Brasil, maior mercado de tecnologia da região, liderou o ranking com US$ 519 milhões em prejuízos.
O Paraguai tem a dianteira entre os países com maiores índices de pirataria: 83%. Entretanto, o país foi responsável por apenas US$ 9 milhões em perdas para a indústria de software. Mudança de metodologia
Embora poucos contestem que o problema da pirataria está se agravando, a BSA disse que seus totais de vendas de software nos últimos anos talvez tenham sido um pouco exagerados.
A organização sofreu críticas por suas estimativas anteriores, já que não conseguia determinar que proporção da queda de vendas derivava da pirataria e que proporção poderia ser atribuída a produtos alternativos legítimos, como o software de fonte aberta.
O grupo mudou de metodologia e de empresa de pesquisa em 2003. Este ano, a BSA optou por determinar que tipo de software equipa o computador de um usuário comum para determinar os números da pirataria, em lugar de estimar valores com base em vendas de computadores.
A nova empresa de pesquisa da BSA, a IDC, estimou a proporção da pirataria mundial em 2003 como 36% do software vendido, cerca de dois por cento acima do total revisado para 2002. O índice anterior da BSA para 2002 foi de 39%.
Apesar da taxa de pirataria poder ter sido inflada, o valor monetário das medições anteriores ficou baixo porque os estudos anteriores não incluíram número de sistemas operacionais e jogos para computadores ilegais em circulação, afirmou a IDC. Para o levantamento, a empresa usou dados mundiais de vendas de software e hardware e conduziu mais de 5,6 mil entrevistas.
07/07/2004
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