A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) vai abrir concorrência pública para contratar uma empresa para executar o projeto de construção de um pátio de estocagem para granéis sólidos e a implantação de um novo píer para atracação de navios no Porto de Aratu, na Região Metropolitana de Salvador.
O objetivo é preparar o porto para o escoamento de produtos minerais, por conta do início da exploração do novo cinturão ferrífero descoberto no estado. De acordo com Fernando Schmidt, presidente da Codeba, a companhia assinou um protocolo de intenções com a empresa Bahia Mineração Ltda (BML), proprietária das minas, para realizar estudos de pré-viabilidade para disponibilizar, a possíveis interessados, área e instalações adequadas ao escoamento dos minerais. “Depois de concluídos os estudos é que abriremos a concorrência”, explica Schmidt.
Ele esclareceu que outras empresas de mineração podem aderir ao protocolo de intenções e apresentar também projetos para movimentação de produtos minerais através dos portos de Aratu e de Ilhéus. A produção deverá ser escoada inicialmente através da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e embarcada no Porto de Aratu, local estratégico para as indústrias de mineração, com recebimento e embarque dos granéis sólidos, em operações de importação e exportação. Schmidt disse que a viabilidade do projeto passa pela necessidade de assegurar instalações adequadas nos portos de Aratu e também de Ilhéus para estocar, manejar e embarcar as quantidades de minérios previstas com eficiência e rapidez.
A BML tem planos de começar ainda este ano a exploração de minério em escala piloto. A produção, até 2009, deve ser de cerca de três milhões de toneladas de minério granulado por ano. Depois, em escala industrial, a empresa pretende chegar a 15 milhões de toneladas ao ano, envolvendo investimentos de US$ 500 milhões. A BML detém os direitos de estudos e exploração de todo o cinturão ferrífero baiano, uma área de 360 quilômetros no norte da Bahia.
28/07/2006
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