Aluguel de caminhões de lixo vai seguir em Bauru

O aluguel de caminhões de lixo para dar conta da coleta orgânica de Bauru vai continuar por mais um ano. Desde novembro de 2016, a Emdurb faz a locação dos veículos - começou com dois e atualmente tem cinco caminhões alugados.

O custo é de R$ 12.500,00 mensais com cada um, totalizando, portanto, R$ 62.500,00 aos cofres da empresa municipal todo mês. Ao final de um ano, se os cinco veículos forem usados, a Emdurb gastará até R$ 750 mil. Por se tratar de ata de registro de preços, a quantidade utilizada pode ser menor.

Porém, com a frota própria antiga, a empresa municipal se vê obrigada a manter a locação por mais um ano, tanto que já abriu licitação para manter o serviço. O contrato atual vence no início de outubro. Atualmente, os cinco caminhões alugados somam-se a 21 veículos próprios da Emdurb. Porém, sem comprar nenhum há anos, a idade da frota faz com que as quebras sejam constantes. "Hoje, a gente não pode abrir mão do aluguel. Dos 21 caminhões próprios, a gente pode contar efetivamente com 10 ou 12 por dia. Sempre tem veículo em manutenção, às vezes chega a ficar 15 dias parado um caminhão. No caso dos alugados, quando há quebra, eles precisam ser substituídos em menos de um dia, por força de contrato", explica o diretor de Limpeza Pública da Emdurb, Eduardo Borgo.

"Neste momento mesmo, a gente tem quatro caminhões arrumando o motor, que fundiu, outros com problemas em peças. Então, tendo 10 caminhões para rodar, preciso de mais cinco veículos alugados. De manhã, por exemplo, temos 15 equipes na rua, usamos a capacidade máxima. Aí no período da tarde são duas equipes e à noite são dez equipes", resume.

CONTRAPARTIDA
O prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD) diz que, neste momento, não vai investir na compra de caminhões. "A gente chegou a cogitar um financiamento para isso, mas como teremos uma Parceria Público Privada (PPP) para a destinação do lixo, a intenção é colocar como uma das contrapartidas para a outorga a entrega de caminhões novos para a prefeitura", revela.

"A futura PPP vai abranger apenas a destinação dos resíduos. O recolhimento seguirá com o município e a Emdurb. Mas tendo a entrega de caminhões como contrapartida, poderemos renovar a frota, então, não vamos focar na compra de veículos para isso agora", completa o chefe do Poder Executivo.

PALIATIVO
Enquanto a PPP não é uma realidade em Bauru, sem portanto a contrapartida da chegada de novos veículos, a Emdurb vai "se virando" com a frota que tem. Três caminhões foram doados recentemente pela receita federal, sendo que um deles ficará para o cata-galho, e dois vão para a coleta orgânica. Para que possam ser usados, a empresa municipal abriu licitação para comprar dois compactadores, que serão colocados nos caminhões.

"São veículos usados, só que mais novos do que a média da nossa frota, e vão nos ajudar bastante. A ideia nossa é reduzir a dependência da locação de caminhões. Atualmente são cinco, a gente quer chegar no ano que vem com um número menor. O ideal é zerar e trabalhar com frota própria, mas se não for possível, pelo menos reduzir esse custo com aluguel de veículos na coleta de lixo", frisa o diretor de Limpeza Pública da Emdurb, Eduardo Borgo.

Um caminhão novo pronto para ser usado, com compactador, ficaria na casa de R$ 300 mil - portanto, o dinheiro gasto com as locações, ao final de um ano, comprariam mais de dois veículos. "Só que neste momento, não dá para abrir mão dos aluguéis. Vamos ter que reduzir conforme a gente conseguir", completa. Depois da coleta domiciliar, os setores da Limpeza Pública que mais demandam recursos são a capinação manual (R$ 3,7 milhões/ano), varrição manual (R$ 1,7 milhão/ano), capinação e roçada mecanizadas (R$ 1,7 milhão), coleta, descontaminação e disposição de resíduos hospitalares (R$ 1,6 milhão/ano) e coleta seletiva (R$ 1,3 milhão/ano).

29/07/2017

Fonte: JCNet