Aliados do prefeito de Taubaté, Roberto Peixoto (PSDB), iniciaram uma 'operação de guerra' para tentar convencer o tucano a suspender a concorrência que prevê a contratação de uma empresa especializada na fabricação de asfalto.
Temendo o desgaste político, os correligionários correm contra o tempo para protelar o término da licitação --previsto para dia 26-- e rever alguns pontos do processo.
"Temos que questionar e verificar a forma como será feita essa mudança e o impacto disso no orçamento municipal. Vamos agendar uma reunião com o prefeito e pedir a ele o adiamento da concorrência. Uma mudança como essa deve ser precedida de uma ampla discussão", afirmou a vereadora Maria Teresa Paolicchi (PSC).
De acordo com o edital, a empresa contratada deverá receber R$ 4,8 milhões para fornecer asfalto ao município por um período de 30 meses.
A firma vencedora, no entanto, terá apenas a incumbência de fornecer o maquinário e a mão-de-obra utilizados no processamento do produto --ela não será responsável pela compra da matéria-prima, que continuará sendo custeada pela administração.
Atualmente, todo o asfalto utilizado na pavimentação de ruas e avenidas em Taubaté é produzido pela usina municipal da prefeitura, no bairro Jaraguá. A fábrica foi criada pelo ex-prefeito José Bernardo Ortiz (PSDB) em 1983, em primeira gestão.
Com a terceirização do setor, a antiga usina será responsável apenas pela produção do pavimento utilizado em operações 'tapa-buracos' e em pequenos reparos nas estradas rurais do município.
POLÊMICA - A contratação de uma empresa para a produção de asfalto abriu um novo embate entre Peixoto e Ortiz, que atacou publicamente a medida.
Nos últimos dias, a concorrência foi criticada por empresários e especialistas em pavimentação. O edital do processo foi elaborado pelo diretor do DOP (Departamento de Obras Públicas), Gérson André de Araújo, com o aval do prefeito.
"Não entendo nada de asfalto, mas acredito que o edital foi elaborado com base em informações levantadas pela prefeitura. De qualquer forma, se ficar realmente comprovado que esse será um mal negócio para o município, o prefeito certamente irá rever o seu posicionamento", afirmou o deputado estadual padre Afonso Lobato (PV), principal aliado de Peixoto.
A polêmica em torno do assunto deverá ganhar novo contorno já nos próximos dias, com a realização de uma audiência pública na Câmara. O presidente do Legislativo, Orestes Vanone (PSDB), disse que já convidou o diretor do DOP para prestar esclarecimentos. "Toda licitação é pública. Então, nada melhor do que oferecer à população todas as informações possíveis. Precisamos ter dados técnicos que comprovem que essa terceirização é realmente vantajosa para o município", disse.
INDEPENDENTES - Integrantes da "bancada independente" da Câmara engrossaram o tom das críticas e mais uma vez defenderam o adiamento da concorrência pública.
"Isso é um descaso com o dinheiro público. Nas condições expostas pela prefeitura, seria muito mais vantajoso comprar uma máquina nova e usar o resto do dinheiro para outras coisas", afirmou o petista Jefferson Campos.
O ValeParaibano tentou entrar em contato com o prefeito Roberto Peixoto (PSDB), mas até o início da noite de ontem ele não havia sido localizado. O diretor do DOP, Gérson André de Oliveira, também não foi encontrado para falar sobre o assunto.
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