Agências correm risco


A superintendência do Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso confirmou ontem que duas agências localizadas no interior poderão ser fechadas. A permanência das unidades está sendo revista pela Direção Geral da instituição em Brasília e deverá ser anunciada nos próximos dias. A avaliação da sustentabilidade econômica é um reflexo da perda de carteira de clientes que vem sendo registrada há três anos pelo BB no Estado, devido à migração das contas de oito prefeituras para outras instituições.
O movimento ‘migratório’ iniciado em Cuiabá foi recentemente executado por Várzea Grande e no interior carreou as prefeituras de Lucas do Rio Verde, Sorriso, Cáceres, Juína, Mirassol D´Oeste e Pontes e Lacerda. Pela perda de carteira, as agências estão na iminência de ser fechadas. Um delas é a única instituição bancária da cidade.
O alerta foi feito pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos, após uma reunião com o presidente do Banco do Brasil, Lima Neto, e o governador Blairo Maggi, no gabinete do Palácio Paiaguás, semana passada. Segundo Cidinho, muitos prefeitos têm buscado negociar as folhas de suas prefeituras com outras instituições financeiras. “Têm faltado informações. Os processos estão na legalidade, porém sem conhecimento os prefeitos têm perdido chances de barganhar melhor as contas que têm em mãos e não avaliam o ônus das conseqüências em diante”, completa.
Barbosa entende que a decisão é ‘radical’, mas lembra que por meio do gerenciamento da folha de pagamento dos municípios é que o banco tinha como comercializar seus produtos. “Eram eles que davam sustentação. Sabemos que isso trará transtornos à população, mas será um ônus com que a administração municipal terá de arcar”. Ainda como justificativa, o superintendente observa que houve falta de cuidado de alguns prefeitos ao optarem pela licitação das contas. “Em muitos casos, o BB não foi consultado e não participou das negociações. Nós não tivemos a oportunidade de ofertar e rever nosso apoio financeiro ao município”. Em alguns casos, o BB só descobriu que havia licitação por meio de publicações no Diário Oficial.
Barbosa explica que, por premissas, o BB não participa de licitações de contas por entender que recursos públicos devem ser geridos por instituições públicas. “A partir do momento em que há opção pela licitação, já estão tirando o BB do jogo. Entendemos também que os servidores públicos têm soberania para decidir onde terão as contas vinculadas e também pela nossa importância na região, tanto pelo volume de financiamentos quanto de apoio direto às prefeituras”.
De acordo com números do Banco Central (BC), o BB é responsável por R$ 5,5 bilhões dos R$ 8,2 bilhões dos financiamentos em Mato Grosso, ou seja, uma participação de 70%. “Enquanto injetamos R$ 5,7 bilhões, captamos apenas R$ 1 bilhão, emprestamos mais do que captamos”. Ele completa ainda dizendo que a diferença entre os financiamento do BB e o existente no mercado (R$ 2,5 bilhões) foi gerada por todas as instituições juntas. “E, no entanto, todos os outros captaram R$ 3,6 bilhões). Com relação ao crédito rural, a participação do banco chega a 90% de tudo que é financiado no Estado.
AGÊNCIAS – Barbosa explica que o BB possui 100 unidades de atendimento entre agências e postos que geram uma cobertura de 85% do Estado. São 1,3 mil funcionários. Com relação aos funcionários, Barbosa explica que em caso de desativação de unidades, haverá remanejamento.
APOIO – Barbosa explica que as vantagens oferecidas pelo BB para que a manutenção das contas ocorra vão desde o financiamento direto à prefeitura como também de projetos que promovam com a geração de emprego e renda nas cidades. “Parte do ganho que temos com estas carteiras é revertido em ações de interesse das comunidades. Precisamos arrecadar para manter as agências, mas os apoios podem ser concedidos sem problemas”. Ele lembrou que na semana passada, em parceria com o Estado, o BB estará aplicando R$ 253 milhões em financiamento de cadeias produtivas. O financiamento faz parte do programa do BB, o Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS).
AMM – A orientação do presidente Cidinho é para que as prefeituras procurem o BB antes de tomar uma decisão que possa inviabilizar as agências e postos do interior.
TIRO NO PÉ – Barbosa observa ainda que, além de arcar com a insatisfação dos servidores e da população, os prefeitos que licitaram as contas poderão dar um tiro no pé: “para muitas prefeituras do interior, as agências são as maiores geradoras de impostos”.


19/04/2007

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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