Questionamentos apresentados na tarde de ontem (28.09) por umas das empresas participantes da disputa pela restauração do painel Djanira, adiaram o certame, que aconteceria nesta quinta-feira. Considerada uma das obras mais valiosas da artista, a tela foi retirada há 3 anos do salão nobre do Liceu Municipal Cordolino Ambrósio. Obra de arte de valor inestimável, a tela foi pintada pela artista plástica Djanira da Mota e Silva e doada à escola municipal em 1953. O restauro do painel Djanira é resultado de um termo de ajustamento de conduta firmado entre a prefeitura e o Ministério Público Federal em 2016. A obra é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1982. O Iphan acompanhou a retirada e o armazenamento do painel em 2017 e fiscalizará as intervenções realizadas.
- A partir de agora, a fiscalização do Instituto foca nas intervenções realizadas, bem como no uso das técnicas e materiais mais adequados para a restauração disse o Instituto em nota ao Diário. Ainda segundo o órgão de preservação federal, “o restauro vai acontecer como um ateliê aberto, de forma que a população e turistas possam visitá-lo durante as intervenções”.
O edital para o restauro tem valor estimado em R$ 717.849,99. O painel Dajnira é uma das peças mais valiosas já produzidas pela artista. - Djanira foi uma grande artista do Modernismo no Brasil. Ela residiu em Petrópolis durante o período em que pintou o painel para o Liceu Municipal. Trata-se de uma tela de aproximadamente 13m, sendo a maior obra da artista. Traz elementos que remetem à cidade, como o Museu Imperial, as carruagens, as fábricas de cerâmica e de tecido. De modo geral, os ciclos econômicos da cidade na época estão representados na obra – destacou o Iphan em nota.
Apesar do valor inestimável, durante décadas a peça ficou exposta no salão nobre da escola sem receber os cuidados necessários. A tela sofreu com a degradação provocada pelo tempo e chegou a ser alvo de vandalismo em 2010, quando foram identificados rasgos na peça. Na ocasião a prefeitura chegou a anunciar o restauro, o que não ocorreu.
Em 5 de outubro de 2017 o painel foi retirado do salão nobre do Liceu Municipal e levado para uma galeria no Centro de Cultura Raul de Leoni, onde está armazenada. Todo trabalho de retirada, assim como definição de local de armazenamento foram acompanhados por técnicos do Iphan.
- O Iphan realizou uma série de vistorias no período que antecedeu o deslocamento e após o painel chegar ao Centro de Cultura. O painel teve que ser retirado porque tinha o tamanho exato da sala e os restauradores precisavam de espaço para circundar a obra e efetivar os trabalhos. O Museu Histórico Nacional auxiliou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na retirada do painel e no deslocamento para o Centro de Cultura Raul de Leoni, onde foi abrigado pela maior sala de exposições do espaço. A obra foi protegida para garantir a preservação durante a locomoção e se manteve armazenada de forma adequada – pontua o IPHAN em nota.
De acordo com a prefeitura, desde que a tela foi retirada do Liceu, o município começou a elaborar o termo de referência para a contratação da empresa responsável pelo trabalho, o que foi feito em conjunto com órgãos técnicos, como o Iphan.
A tela tem 12,75 metros de comprimento e 3,50 metros de altura e é a maior criada pela artista. O painel foi especialmente pintado para o Liceu Municipal Cordolino Ambrósio. A obra retrata paisagens e cenas típicas da cidade na época. As imagens vão desde o Museu Imperial, às carruagens, a locomotiva, e retrata ainda os trabalhadores da indústria têxtil e de cerâmica - cenas comuns na Petrópolis da década de 1950 que ganharam vida e ficaram imortalizadas nos traços da artista.
O painel ocupava quase toda a parede direta do salão da escola e em 2010, quando foi alvo de vândalos, a tela era protegida apenas por uma grade com aproximadamente um metro de altura, o que permitia que ficasse ao alcance das mãos de qualquer pessoa que entrasse na sala. A facilidade de acesso permitiu à época que a tela fosse cortada, possivelmente com o uso de um estilete. Sem receber qualquer restauração, o painel chegou a ter tem um rasgo, além de riscos e borrões de tinta de caneta. Na ocasião (2010), a prefeitura informou que, o auditório do colégio – local onde ficava o Painel Djanira - seria fechado por medida de cautela. A prefeitura também anunciou à época que estava em contato com o Iphan para avaliar os danos. No mesmo ano, a prefeitura anunciou que o painel seria restaurado, o que não ocorreu.
Dez anos depois, a realização da licitação permitirá que finalmente a obra de arte seja recuperada. O edital foi publicado em 28 de setembro e prevê a contratação de empresa especializada de conservação e restauração de obra de arte - em especial a restauração da obra de arte da artista Djanira, com fornecimento de material e mão de obra - consta do documento O edital prevê que a empresa contratada deverá fornecer seis restauradores. Dos seis restauradores, a empresa contratada poderá fornecer quatro restauradores e dois assistentes, podendo ter ainda dois estagiários – consta do edital
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