Ponte Rio Negro licitada em maio


Com um investimento previsto em torno de US$ 200 milhões, o secretário Marco Aurélio Mendonça da Seinf (Secretaria de Estado de Infra-Estrutura), apresentou na sexta-feira, 27, o regulamento da audiência pública para a licitação da construção da obra de arte (travessia do Rio Negro por ponte, ligando a Ponta do Pepeta em Iranduba à Ponta do Ouvidor em Manaus), em atendimento à exigência prevista no art. 39 da Lei n° 8.666/93.
A reunião contou com as presenças, além do secretário, dos engenheiros Alberto Magno Costa, diretor técnico da Ciama, Leonardo Lorenzo e Heitor Nogueira Neto (projetistas), Cláudia Barbosa, do deputado estadual Francisco Souza (PTB) e do secretário de Estado José Melo.
A explanação sobre o regulamento, segundo Marco Aurélio, tem por finalidade disciplinar a audiência pública para o início do procedimento licitatório, colhendo subsídios e contribuições para a decisão administrativa sobre a execução da obra e para a definição de regras e condições do contrato e do edital da licitação competente, além de informar todos os aspectos relevantes e disponíveis relativos à obra.
A audiência pública realizada na sede da Seinf, na estrada do Aleixo, foi elaborada na modalidade presencial com todos os interessados em participar do debate fazendo inscrição colocando nome, endereço e a que entidade pertence. A convocação dos interessados foi feita por meio de aviso publicado nos diários oficiais da União e do Estado e num jornal de grande circulação no Estado, além do sítio eletrônico da Seinf, com a devida antecedência de 10 dias da sua realização, no dia 27.

Procedimento da obra
Vereadores, representantes de associações, além de outras autoridades, principalmente dos municípios de Iranduba, Manacapuru e Manaus fizeram indagações sobre o procedimento da obra. As principais foram como seria construída, aspectos como segurança, benefícios para a sociedade e construção no outro lado do rio de pontos turísticos para favorecer o desenvolvimento da região que foram respondidas pelo secretário Marco Aurélio de forma técnica e objetiva mostrando as propostas do projeto, não deixando dúvidas aos presentes e que o governador Eduardo Braga (PMDB) estava ciente da grandeza do projeto, de grande importância sócio-econômica para os municípios de Manaus, Iranduba, Manacapuru e
Novo Airão. Esse projeto ganhou força por meio da luta empreendida pelo deputado Francisco Souza (PTB) que não mediu esforços para que fosse viabilizada sua construção. Souza questionou o secretário sobre a quantidade empregos que seriam gerados com a construção da ponte, tendo como resposta que diretamente esse número chegaria em torno de 600 pessoas no primeiro ano de execução e, em torno de 3000, indiretamente.

Obra favorecerá desenvolvimento no interior do AM:
Para Francisco Souza, as declarações feitas pelo secretário Marco Aurélio, foram precisas e técnicas dando para perceber segurança e, também, surpresa em saber que o governo já se preocupava com o estudo da viabilização desse empreendimento desde 2003, além do fato de que ela poderá ser construída em tempo hábil de 2 anos e meio, confirmando a previsão de inauguração em 2009.
Ele afirmou que ficou entusiasmado com a beleza do design apresentado no projeto pelo secretário. “Sinto orgulho, pois nos foi informado que esse modelo é único em termos de construção de pontes no Brasil, ou seja, um grande diferencial, além de tudo o que foi apresentado. Uma grande obra de arte”, ressaltou Souza.
Nos mesmos moldes de elogios, o secretário de Estado José Melo (PMDB), asseverou que essa obra trará grande benefício não só para Manaus, mas para todo o Estado do Amazonas, transformando os municípios circunvizinhos numa grande área de perspectivas econômicas abrindo um leque para se construir um grande distrito industrial nessa região com foco na produção de matéria-prima voltada para cosméticos, farmacopéia na produção de remédios, se transformando em mais um desafio para o governador Eduardo Braga que é afeito a isso, pois quando ninguém acreditava em obras como o Prosamin e o da Ponte ele foi lá e provou o contrário dando uma demonstração que tudo é possível. Se temos riquezas devemos aproveitá-las, a exemplo do que fazemos no programa Zona Franca Verde, mas com sabedoria e respeito ao meio ambiente.
Marco Aurélio em sua explanação deixou claro que a cidade de Manaus vem se modernizando com atrativos que favorecem uma migração acelerada, com taxas anuais de crescimento bem superiores à média nacional. É neste cenário demandante de espaços, que novas áreas devem ser planificadas a partir de confiável acessibilidade, fortalecendo o conceito de Região Metropolitana.
Manaus, por falta de opção de crescimento no sentido sul, pela barreira natural que é o Rio Negro, e opção oeste com grande parte destinada às áreas de proteção ambiental, vem crescendo nos sentidos norte e leste, este já saturado e, aquele, com os atendimentos de infra-estrutura dificultados por estar longe dos centros geradores de serviços essenciais citando como exemplo às assimétricas extensões de redes de adução de água potável, fazendo com que os bairros mais distantes tenham como única opção à captação subterrânea com aqüíferos que possuem vazões aquém das demandas.
A concentração em Manaus de aproximados 50% da população e 98% do PIB do Estado é vetor indutor dos mais crescentes problemas sociais, ambientais e de saúde pública, com origem nas ocupações desordenadas que se verificam na cidade, sendo um trabalho de longo prazo a fixação dos habitantes em seus locais de origem, com oferta de emprego e renda.
Como primeiro passo na geração de espaços, o Estado
propôs diretrizes para o aumento da capacidade viária de Manaus, preparatórias para um crescimento ordenado e integrado da cidade. O ato seguinte é a travessia do Rio Negro integrando os municípios que orbitam a capital, expandindo a fronteira produtiva, com confiabilidade nos deslocamentos de pessoas e produtos, possibilitando daí o desenvolvimento de estudos objetivando a criação da Região Metropolitana de Manaus, que compartilhará os serviços essenciais, sem prejuízos a quem resida em qualquer de seus municípios.

Construção com rigores técnicos
O projeto prevê a ligação entre a Ponta do Ouvidor (Bairro da compensa) à Ilha do Camaleão (Ilha do Pepeta/Iranduba) seguindo o critério de menor distância entre as margens e menor saturação do sistema viário de Manaus, com diversas possibilidades de travessias estudadas.
O trabalho foi elaborado com base no menor impacto junto ao meio ambiente e as propriedades existentes, considerando a navegação fluvial existente no local (gabarito de navegação), execução de batimetria(representação gráfica do relevo) no leito do rio. Houve a realização de ensaios geotécnicos e contratação de empresas tecnicamente habilitadas para a execução dos trabalhos.
Em fase de estudos desde setembro de 2003, a previsão para licitação da obra é o próximo dia15 de maio. O projeto básico foi concluído em 13 de abril de 2007, estabelecendo previsão do prazo suficiente para a fase de execução e dessa forma, a obra seja concluída de forma eficiente e rápida dentro do prazo de execução previsto de 30 meses.
O orçamento e cronograma físico-financeiro foram elaborados de forma adequada para incentivar a inovação e o desenvolvimento tecnológico nos serviços de arquitetura e de engenharia.
Com isso será feita uma integração de universidades interestaduais durante o desenvolvimento dos trabalhos, elaborando relatórios, ensaios técnicos (exemplo: ensaios em túnel de vento), controle de qualidade, etc, além de transferência de tecnologia por intermédio de consultorias estrangeiras. A obra contará com o que há de mais atual do ponto de vista técnico (ponte do tipo estaiada) e possibilidade de know how a ser incorporado pela comunidade técnica local, durante e após a execução do empreendimento.

Dados técnicos da nova ponte
Extensão do trecho estaiado 400 metros Extensão do vão central 2 x 200 metros Largura – Tipo total 20,70 metros Largura no trecho estaiado 22,60 metros Altura do vão central 55 metros Altura da torre central em formato diamante 182 metros Número total de estais 104 unid. Inclinação máxima da rampa 3,01% Vigas pré-moldadas - 426 vigas.


29/04/2007

Fonte: Jornal do Commércio

 

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