RIO – Após cinco anos de obras e polêmicas, o sofisticado Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) continua até hoje sem ter um equipamento essencial: rádios VHF, que permitiriam o contato das unidades de terra com os pilotos de aeronaves. É o que informa reportagem publicada nesta quarta-feira no jornal O Globo.
Segundo a reportagem, devido ao atraso no fornecimento desses aparelhos, a comissão coordenadora do Sivam decidiu suspender o pagamento à Raytheon, empresa americana contratada por US$ 760 milhões para fornecer os equipamentos do sistema. Do valor total do contrato, o Sivam já repassou à Raytheon US$ 688 milhões. Os US$ 72 milhões restantes, segundo o coronel Paulo Esteves, porta-voz do Sivam, só serão liberados quando a empresa americana instalar os aparelhos de VHF nas 27 unidades de vigilância espalhadas por nove estados da Amazônia Legal. Ele alega que de nada adianta dispor de equipamentos sofisticados para monitorar o
ar o tráfego aéreo se não há como entrar em contato com o piloto. Depois de rumoroso processo de licitação, a Raytheon assinou contrato com o governo brasileiro em 1997, para fornecer e instalar os equipamentos, desenvolver softwares, fornecer peças sobressalentes e dar assistência técnica para o Sivam. Passados seis anos, a empresa cumpriu 85% do contrato. Já estão prontos o Centro de Vigilância Aérea de Manaus, que coordena as operações, 19 unidades de vigilância e quatro aeronaves-laboratório.
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